domingo, 4 de setembro de 2011

Os Dois Viajantes e o Urso
Autor: Esopo[1]

Dois homens viajavam juntos através de uma densa floresta, quando, de repente, sem que nenhum deles esperasse, um enorme urso surgiu do meio da vegetação, à frente deles.
Um dos viajantes, de olho em sua própria segurança, não pensou duas vezes, correu e subiu numa árvore.
Ao outro, incapaz de enfrentar aquela enorme fera sozinho, restou deitar-se no chão e permanecer imóvel, fingindo-se de morto. Ele já escutara que um Urso, e outros animais, não tocam em corpos de mortos.
Isso pareceu ser verdadeiro, pois o Urso se aproximou dele, cheirou sua cabeça de cima para baixo, e então, aparentemente satisfeito e convencido que ele estava de fato morto, foi embora tranquilamente.
O homem que estava em cima árvore então desceu. Curioso com a cena que viu lá de cima, ele perguntou:
"Me pareceu que o Urso estava sussurrando alguma coisa em seu ouvido. Ele lhe disse algo?"
"Ele disse sim!" respondeu o outro, "Disse que não é nada sábio e sensato de minha parte, andar na companhia de um amigo, que no primeiro momento de aflição me deixa na mão!".

Moral da História:
"A crise é o melhor momento para nos revelar quem são os verdadeiros amigos."



O Morcego e a Doninha
Autor: Esopo[1]

Um Morcego desajeitado caiu acidentalmente no ninho de uma Doninha, que, com um bote certeiro o capturou.
Atemorizado, o Morcego pediu que esta lhe poupasse a vida, mas a Doninha não queria lhe dar ouvidos.
“Você é um Rato,” ela disse, “e Eu sou por tradição inimiga dos Ratos. Cada Rato que pego, evidentemente, me serve de jantar, essa é a lei.”
“Mas, a senhora veja bem, eu definitivamente, não sou um Rato!” tentou se explicar o infeliz Morcego. “Veja minhas asas. Você já viu um Rato que é capaz de voar? Claro que sou apenas um tipo de pássaro, de uma variedade, podemos afirmar, um tanto exótica. Por favor me deixe ir embora!”.
A Doninha, olhando melhor para sua vítima, concordou que ele não era um Rato e o deixou ir embora. Mas, alguns dias depois, o mesmo atrapalhado Morcego, cegamente, caiu outra vez no ninho de outra Doninha. Ocorre que Esta Doninha era inimiga declarada de todos os pássaros, e logo que o tinha em suas garras, preparou-se para abocanhá-lo.
“Você é um pássaro,” ela Disse, “por isso mesmo o comerei!”
“O que?”, exclamou o Morcego, “Eu, um pássaro! Isso é quase um insulto. Todos os pássaros possuem penas! Cadê minhas penas, você é capaz de vê-las? Claro que não sou nada além de um simples Rato. Tenho até um lema que é: Abaixo todos Gatos!”
E o Morcego teve sua vida poupada pela segunda vez.

Moral da História:
Sábio é aquele que sabe analisar a situação e agir de acordo com as circunstâncias.

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